Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
2. No texto, o eu poético: A) descreve os lugares em que viveu durante a infância. B) narra as ações costumeiras daqueles com quem viveu durante a infância. C) questiona os laços afetivos firmados durante a infância. D) declara seu desprezo pelo ato da leitura durante a infância.
3. Na frase: “─ Psiu... Não acorde o menino”, usa-se o travessão : * A) para isolar uma opinião do eu poético. B) para destacar uma intenção do eu poético. C) para indicar uma fala da personagem conhecida por “preta velha”. D) para indicar uma fala da mãe.
4. “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu” “Lá longe meu pai campeava”As expressões NO MEIO-DIA e LÁ LONGE indicam, respectivamente, circunstâncias de: * A) Lugar e modo B) Lugar e tempo C) Tempo e lugar D) Modo e tempo