"O cometa de 1577, a que se atribui a perda de El-rei D. Sebastião, segundo a conta de V. S[enhoria] saiu ou apareceu no mesmo dia que este, e não falta quem ache grandes mistérios nessa correspondência, que verdadeiramente é notável."
As palavras do padre Antônio Vieira sobre o rei D. Sebastião demonstram que este monarca

A
passou despercebido pela história de Portugal, pois teve uma regência pouco notável.

B
era interpretado sob olhares transcendentais e religiosos, como relacioná-lo aos fenômenos celestes.

C
conseguiu evitar que Portugal se submetesse a Espanha ao impor a União Ibérica com a supremacia sebastianista.

D
garantiu que os holandeses não se instalassem na América Portuguesa, valendo-se de conhecimentos náuticos e bélicos.

E
sofria forte oposição do povo português, que apoiava a União Ibérica por acreditar que a Espanha tinha uma regente melhor.

Letra B

O Rei Dom Sebastiao acabou desaparecendo em combate, deixando o trono português sem nenhum herdeiro. Diante desse cenário, a Espanha acaba reivindicando o trono português e dominando suas terras, assim como suas colônias, na chamada União Ibérica (1580-1640). Nesse processo, Portugal acabou “herdando” os inimigos da Espanha, entre eles a holanda, o que culminou na quebra do acordo de produção de açúcar feito entre Portugal e holanda. Vendo-se no prejuízo, a holanda decidie invadir terras brasileiras.

Durante muitos anos, o Rei Dom Sebastiao, monarca muito católico, foi visto como uma espécie de salvador, que retornaria em uma espécie de monarquia celestial (sebastianismo)