A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas Age como um deus doente, mas como um deus. Porque embora afirme que existe o que não existe Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, Sabe que existir existe e não se explica, Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, Sabe que ser é estar em algum ponto Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
(Alberto Caeiro)
Nos versos, fica evidente o perfil do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, pois ele
a) entende que o homem está atrelado a uma visão subjetiva da existência.
b) volta-se para o mundo sensível que o rodeia como forma de conceber a existência.
c) concebe a existência como apreensão dos elementos místicos e indefinidos.
d) não acredita que a existência possa ser definida em termos de objetividade.
e) busca na metafísica a base de uma concepção da existência subjetiva.