Resposta :
Olá, bom dia.
Devemos determinar, caso exista, o plano tangente ao gráfico da função [tex]z=4-2x^2+y^2[/tex] no ponto [tex](-2,~1,\,-3)[/tex].
Lembre-se que a equação do plano tangente a curva do gráfico de uma função de duas variáveis [tex]z=f(x,~y)[/tex] em um ponto [tex](x_0,~y_0,~z_0)[/tex] de seu domínio é calculada pela fórmula: [tex]z-z_0=\dfrac{\partial f}{\partial x}\cdot(x-x_0)+\dfrac{\partial f}{\partial y}\cdot(y-y_0)[/tex], em que [tex]\dfrac{\partial f}{\partial x}[/tex] e [tex]\dfrac{\partial f}{\partial y}[/tex] são as derivadas parciais da função.
Primeiro, determinamos se o ponto [tex](-2,~1,\,-3)[/tex] pertence ao domínio da função:
[tex]-3=4-2\cdot(-2)^2+1^2\\\\\\ -3=4-8+1\\\\\\ -3=-3~~\checkmark[/tex]
Então, calculamos as derivadas parciais da função neste ponto.
Calculando [tex]\dfrac{\partial f}{\partial x}[/tex], temos:
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial x}=\dfrac{\partial}{\partial x}(4-2x^2+y^2)[/tex]
Para calcular esta derivada, lembre-se que:
- A derivada parcial de uma função em respeito a uma de suas variáveis é calculada considerando o restante das variáveis como constantes.
- A derivada de uma soma de funções é igual a soma das derivadas das funções.
- A derivada de uma constante é igual a zero.
- A derivada é um operador linear, logo vale que: [tex]\dfrac{d}{dx}(c\cdot f(x))=c\cdot\dfrac{d}{dx}(f(x))[/tex].
- A derivada de uma potência é calculada pela regra da potência: [tex]\dfrac{d}{dx}(x^n)=n\cdot x^{n-1}[/tex].
Aplique a regra da soma e da constante
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial x}=\dfrac{\partial}{\partial x}(4)+\dfrac{\partial f}{\partial x}(-2x^2)+\dfrac{\partial f}{\partial x}(y^2)\\\\\\\ \dfrac{\partial f}{\partial x}=-2\cdot\dfrac{\partial f}{\partial x}(x^2)[/tex]
Calcule a derivada da potência
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial x}=-2\cdot2\cdot x^{2-1}\\\\\\ \boxed{\dfrac{\partial f}{\partial x} = -4x}[/tex]
Calculando [tex]\dfrac{\partial f}{\partial y}[/tex], temos:
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial y}=\dfrac{\partial}{\partial y}(4-2x^2+y^2)[/tex]
Aplique a regra da soma e da constante
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial y}=\dfrac{\partial}{\partial y}(4)+\dfrac{\partial f}{\partial y}(-2x^2)+\dfrac{\partial f}{\partial y}(y^2)\\\\\\\ \dfrac{\partial f}{\partial y}=\dfrac{\partial f}{\partial y}(y^2)[/tex]
Calcule a derivada da potência
[tex]\dfrac{\partial f}{\partial y}=2\cdot y^{2-1}\\\\\\ \boxed{\dfrac{\partial f}{\partial y} = 2y}[/tex]
Substituindo estes resultados na fórmula para a equação do plano tangente, temos:
[tex]z-(-3)=(-4\cdot (-2))\cdot(x-(-2))+2\cdot 1\cdot(y-1)[/tex]
Multiplique os termos
[tex]z+3=8\cdot(x+2)+2\cdot(y-1)\\\\\\ z+3=8x+16+2y-2[/tex]
Subtraia [tex]3[/tex] em ambos os lados da igualdade e some os termos semelhantes
[tex]z=8x+2y+11~~\checkmark[/tex]
Esta é a equação do plano tangente ao gráfico da função [tex]z=4-2x^2+y^2[/tex] no ponto [tex](-2,~1,\,-3)[/tex].
Observe a imagem em anexo, gerada pelo software Wolfram Alpha.

✅ Após resolver os cálculos, concluímos que a equação geral do plano tangente à referida superfície pelo ponto "P" é:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\boxed{\boxed{\:\:\:\bf \pi: -8x - 2y + z = 11\:\:\:}}\end{gathered}$}[/tex]
Sejam os dados:
[tex]\Large\begin{cases} s: z = 4 - 2x^{2} + y^{2}\\P(-2, 1, -3)\end{cases}[/tex]
Organizando a equação da superfície "s" para facilitar os cálculos, temos:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\bf(I) \end{gathered}$}[/tex] [tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} s: 2x^{2} - y^{2} + z = 4\end{gathered}$}[/tex]
Para saber se existe plano tangente a uma determinada superfície passando por um determinado ponto de tangência, devemos verificar se o referido ponto pertence à referida superfície. Caso positivo, existe plano tangente. Caso contrário, não existe plano tangente.
Substituindo as coordenadas do ponto "P" na equação "I", temos:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\bf(II) \end{gathered}$}[/tex] [tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} 2\cdot(-2)^{2} - 1^{2} + (-3) = 4\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} 2\cdot4 - 1 - 3 = 4\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} 4 = 4\end{gathered}$}[/tex]
Como ambos membros da equação "II" são iguais, então o ponto "P" pertence à superfície em foco.
Sabendo que para determinar a equação geral do plano "π" tangente à superfície de nível, precisamos do vetor normal "n" ao referido plano e o ponto de tangencia - que neste caso é o ponto "P" - entre o plano e a superfície, ou seja, precisamos dos seguintes itens:
[tex]\Large\begin{cases} \vec{n} = (X_{n}, Y_{n}, Z_{n})\\P(X_{P}, Y_{P}, Z_{P})\end{cases}[/tex]
Sabendo que a equação geral do plano pode ser montada sobre a seguinte fórmula:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\bf(III) \end{gathered}$}[/tex] [tex]\large\displaystyle\text{$\begin{gathered} X_{n}\cdot X + Y_{n}\cdot Y + Z_{n}\cdot Z = X_{n}\cdot X_{T} + Y_{n}\cdot Y_{T} + Z_{n}\cdot Z_{T}\end{gathered}$}[/tex]
OBSERVAÇÃO: A função "f" - que vou me referir a partir de agora - se refere a função que representa o elipsoide "p".
Para montar a referida equação do plano devemos utilizar as seguintes etapas:
- Calcular a derivada parcial da função em termos de "x".
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \frac{\partial f}{\partial x} = 2\cdot2\cdot x^{2 - 1} = 4x\end{gathered}$}[/tex]
- Calcular a derivada parcial da função em termos de "y".
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \frac{\partial f}{\partial y} = -1\cdot2\cdot y^{2 - 1} = -2y\end{gathered}$}[/tex]
- Calcular a derivada parcial da função em termos de "z".
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \frac{\partial f}{\partial z} = 1\cdot z^{1 - 1} = 1\cdot z^{0} = 1\cdot 1 = 1\end{gathered}$}[/tex]
- Montar o vetor gradiente.
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \nabla f(x, y, z) = \Bigg(\frac{\partial f}{\partial x},\:\frac{\partial f}{\partial y},\:\frac{\partial f}{\partial z}\Bigg)\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} = (4x, -2y, 1)\end{gathered}$}[/tex]
Portanto, o vetor gradiente é:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \nabla f(x, y, z) = (4x, -2y, 1)\end{gathered}$}[/tex]
- Montar o vetor normal.
Sabemos que o vetor normal é igual ao vetor gradiente aplicado ao ponto "P", ou seja:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} \vec{n_{\pi}} = \nabla f(P)\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} = \Bigg(\frac{\partial f}{\partial x}\cdot X_{P},\:\frac{\partial f}{\partial y}\cdot Y_{P},\:\frac{\partial f}{\partial z}\cdot Z_{P}\Bigg)\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} = (4\cdot(-2), -2\cdot1, 1)\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} = (-8, -2, 1)\end{gathered}$}[/tex]
Portanto, o vetor normal à superfície pelo ponto "T" é:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\vec{n_{\pi}} = (-8, -2, 1) \end{gathered}$}[/tex]
- Montar a equação geral do plano tangente.
Substituindo os valores na equação "III", temos:
[tex]\large\displaystyle\text{$\begin{gathered} -8\cdot x + (-2)\cdot y + 1\cdot z = -8\cdot(-2) + (-2)\cdot1 + 1\cdot(-3)\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} -8x - 2y + z = 16 - 2 - 3\end{gathered}$}[/tex]
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered} -8x - 2y + z = 11\end{gathered}$}[/tex]
✅ Portanto, a equação do plano tangente à superfície é:
[tex]\Large\displaystyle\text{$\begin{gathered}\pi: -8x - 2y + z = 11\end{gathered}$}[/tex]
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